Aviões da CIA terão utilizado aeroportos portugueses de forma irregular.
Este é um daqueles assuntos que qualquer órgão de informação nacional que se preze parece não querer deixar de tratar e que me interessa. Por várias razões mas sobretudo porque ainda gostava que me esclarecessem que transportadora aérea é essa para que não corra o risco de alguma vez me ver sentado num dos seus aviões.
Nunca gostei de dizer adeus nem de me despedir. Talvez por ter passado pelo menos metade da minha vida a despedir-me da família, dos amigos, a conhecer terminais de aeroportos melhor do que conheço as ruas da cidade onde vou vivendo, entre viagens, entre partidas e chegadas, a maior parte delas sozinho, piores as chegadas, sem ninguém à espera no aeroporto, saída directa para a praça de táxis, discussão certa sobre a rota estranhamente longa e demasiado curvilínea até casa. Táxis, iguais em qualquer parte do mundo.
Cansei-me de despedidas.
De resto, é verdade que tenho andado arredado, e não só daqui.
Mas, dizer adeus? Despedir-me?
Não me fui embora!
Ausentei-me, apenas.
Tenciono ficar por cá. Quanto mais não seja à espera que a Maria regresse.
