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'Tou que nem posso


... graças e desgraças


sábado, 31 de dezembro de 2005



Fatias de tempo
 
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente... Para você, desejo o sonho realizado. O amor esperado. A esperança renovada. Para você, desejo todas as cores desta vida. Todas as alegrias que puder sorrir. Todas as músicas que puder emocionar. Para você neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida. Gostaria de lhe desejar tantas coisas... Mas nada seria suficiente... Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos. Desejos grandes...


E que eles possam te mover a cada minuto, ao rumo da tua felicidade.
Carlos Drummond de Andrade
Bom ano.


posted by: 1 dos 2 / 11:59
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terça-feira, 27 de dezembro de 2005



Espaço
 
Não sou muito alto, metro e oitenta e um centímetros. Olho em redor e vejo-me dentro da média. O meu problema são as pernas. Cinemas, auditórios, teatros, pavilhões, estádios, carros, então atrás nem falar, autocarros, comboios, seja onde for as minhas pernas não entram.

Aviões, mencionei?


Seja qual for a companhia aérea ou as cores do avião, a distância entre cadeiras é um claro incentivo à classe executiva. Aí sim as minhas pernas sentem-se no paraíso. Mas só enquanto passo no corredor em direcção ao estábulo, quero dizer à classe “económica”. Alek económica! Aqui, é aqui, please, não outra vez nas catacumbas, não…

OK, começo por perna cruzada, esquerda sobre a direita, alterno, direita sobre a esquerda, assim que começo a sentir formigueiro, se pudesse pelo menos levantar o joelho e cruzar a perna à homem, faço uma tentativa, tímida, mas o vizinho da direita ou da esquerda, se tiver tido a sorte de um lugar com saída para o corredor, já cruzou a perna dele para o meu lado e abriu o jornal de par em par. Estico as pernas por debaixo da cadeira da frente, consegui, pelo menos assim alguma parte do meu corpo sente-se subitamente livre. O pior são as costas, a tensão na lombar aumenta e a posição começa a ser impossível de suportar.

Como se isso fosse relevante. Seja qual for a minha posição, já sei que o passageiro que viaja encostadinho à janela vai sentir uma súbita vontade de fazer chichi, a menina que vai sentada à minha frente vai reclinar a cadeira dela de tal forma que eu vou poder massajar-lhe as têmporas, melhor não, a hospedeira que distribui tabuleirinhos recicláveis com comida reciclada vai esmagar-me o pé com o trólei, os passageiros que viajam atrás de mim vão levantar-se para deixar passar o janeleiro deles e este vai apoiar-se em cheio na minha cabeça, sorte minha se ele não escorregar e não me arrancar uma mãocheia de cabelos.

Se ao menos eu conseguisse dormir.

Odeio pessoas que conseguem dormir em aviões, sobretudo passageiros que adormecem assim que se sentam e só acordam com a intervenção do chefe de escala no destino. A única coisa em mim que adormece são as pernas. Quanto ao resto, a menor veleidade de passar pelas brasas é rapidamente suprimida pelo comissário de bordo ou pelo piloto.

Que me interessa a mim que o avião voe a uma velocidade de cruzeiro de 950 km/h se eu não consigo cruzar a perna, e a uma altitude de 33 mil pés se eu não posso sequer mexer os meus?


Manuel


posted by: 1 dos 2 / 20:21
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domingo, 25 de dezembro de 2005



Natal distante
 
Ceia de Natal lá em casa.

Cardápio para expatriados vegetarianos, canjinha tradicional substituída por creme de legumes biblícos, pelo menos da Terra Santa são, bacalhau à portuguesa cozinhado por uma brasileira, à última hora a travessa afinal não cabia no forno e a bacalhoada teve de ser desmontada e reacondicionada, rabanadas feitas por mim, desculpa mãe mas consegui suplantar-te, bolo-rei importado especialmente, obrigado mãe da Teresa, árvore de Natal com luzes pisca-pisca, presépio onde falta um dos reis magos, não sei se é Belchior, Baltasar ou Gaspar.

O Pai-Natal surpreendeu o Daniel e chegou mais cedo, para os outros mais perto da hora certa, presentes originais dos quais o mais de todos foi o que me calhou, um utensílio que me dá imenso jeito para coçar as costas, precisamente aquela zona onde nenhum dos dedos de qualquer uma das mãos consegue chegar, mas que afinal, vim a saber, é uma réplica de uma espécie de colher de pau mexicana usada para preparar chocolate.

O David, que veio com a (candidata a?) namorada desculpou-se (estás perdoado, o motivo era realmente de força maior mas perdeste as sobremesas) e zarpou mais cedo, o Daniel teve de ir para a cama que já eram horas, ficaram a Marta e a Teresa para as rabanadas e restantes doçarias, café, histórias e estórias.

Por exemplo, o que é que diz o tubarão à tubaroa?

Tu baralhas-me.

Chamar um táxi para devolver as minhas convidadas à procedência foi uma odisseia mas lá se conseguiu uma central que não me deixasse pendurado minutos entretido com diálogos impossíveis de reproduzir em fórum como este mas dignos de motoristas de táxi e antes de me sugerir que fosse tentando.

A propósito, sabem quem inventou o gerúndio?

O Fernando.

Manuel


posted by: 1 dos 2 / 16:29
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2005



Palavras mágicas
 
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta."

Fernando Pessoa

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..

Feliz 2006
São (palavras mágicas).


posted by: 1 dos 2 / 12:59
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segunda-feira, 19 de dezembro de 2005



Popularidade
 
O membro mais popular do governo mereceu recentemente uma nota 10,2* numa sondagem de opinião pública. Mas o ministro mais popular terá ficado bastante insatisfeito com o facto de os órgãos de informação terem, erradamente, veículado a notícia de que o ministro mais popular do governo não era ele mas sim um seu colega. O porta-voz do ministro mais popular do governo teve o cuidado de vir a público dizer que o ministro mais popular do governo não era o outro, usurpador involuntário, que afinal terá tido menos umas décimas, mas sim o seu, o legítimo.

Já agora, os membros do governo menos populares foram três e tiveram todos 9,7.

Duas coisinhas: i) que raio de turma é esta? e ii) com estas notas, não seria melhor deixar passar o erro?

Manuel


* numa escala de 0 a 20.


posted by: 1 dos 2 / 17:04
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domingo, 18 de dezembro de 2005



A caminho do Natal
 

Aí vem mais um. Difícil de dar com ele em terras onde o franchising terá começado mas onde as luzes que se acendem são outras e onde as árvores, desde que não sejam oliveiras, são mais poupadas do que em paragens por onde o Pai Natal tem maior representação. A propósito de Pai Natal, ando farto de tentar entrevistá-lo outra vez mas este ano ninguém responde às minhas mensagens.

Com entrevista ou não, Natal é Natal para o Daniel (http://jasougrande.blogspot.com) e ele faz questão de que a árvore de Natal fique bem ao lado da janela.

As instruções são claras: as luzes devem piscar desde o lusco-fusco até ao amanhecer.

Feliz Natal.


Manuel


posted by: 1 dos 2 / 15:45
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sábado, 17 de dezembro de 2005



Dúvidas
 
Há gente que um dia, um dia como qualquer outro, pode até chover, como se os elementos subitamente se identificassem com quem fica e com quem parte, pega na trouxa e por uma razão ou por outra se despede da família e dos amigos e ruma a outras paragens. Regra geral, vinte quilos de bagagem gentilmente oferecidos a quem está disposto a pagar e a pagar bem para passar várias horas em condições que não envergonhariam certas polícias de certos países não dão para levar grande coisa tal é o peso (e o volume) das dúvidas.

Mangas de acesso, aviões estreitos, tapetes rolantes de aeroportos, mais mangas e mais tapetes, compatriotas que se encontram pelo caminho, ou apenas pessoas que fazem trajectos que nos parecem semelhantes ao nosso, tudo ajuda a manter as dúvidas num estado de letargia tipo anestesia local. Doses exageradas de força de vontade, de adrenalina e de café fazem com que nada nem ninguém mexa com as dúvidas, nem sequer polícias de fronteira, que por terem sido obrigados a acordar de madrugada, ou a não dormir, ou apenas porque também eles próprios nada ficariam a dever a certos polícias de certos países, acham que têm o direito, porventura o dever, de desde logo tirar as dúvidas ao viajante que lhe estende um passaporte.

Olhares inquisitivos, perguntas inteligentes do tipo what brings you to this country? como se alguém fosse dizer oh I'm a drug dealer ou you know my name is Carlos and I'm here to assassinate your prime minister, reprimendas educativas pelo facto de o telemóvel tocar enquanto se está a fazer o exame de entrada no país you´re not very polite, carimbos apostos no passaporte com violência característica, enfim, de certos polícias de certos países, mas no fim lá se passa para o outro lado.

Algures estará um letreiro Welcome.

E agora?

Manuel


posted by: 1 dos 2 / 11:27
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sexta-feira, 16 de dezembro de 2005



qoSlIj DatIvjaj
 


Worf! Não te conhecia esta faceta. Mandares-me um cartão de aniversário, mesmo com dois meses de atraso, nunca me passaria pela cabeça. Deduzo que o nosso amigo mágico deve ter feito alguma das dele.

Deixas-me sem palavras. Até porque o meu klingon nunca foi lá grande coisa. Mesmo assim, qa tlho'.

Qapla'


Manuel


posted by: 1 dos 2 / 16:12
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2005



Esquecimento
 
Este ano Harry Potter não me disse uma palavra no dia no meu aniversário. Ele é assim, esqueci-me do dele, ele esquece-se do meu. E este ano, eu, que nunca me esqueço do aniversário de ninguém, posso atrasar-me mas não me esqueço, esqueci-me do dia de aniversário dele.

A sério que tencionava escrever-te, tenho a data anotada na agenda, é fácil de recordar e tudo. Para além disso, não é todos os dias que se começa o sexto ano em Hogwarts e que exceptuando uma ou outra escorregadela se é um dos melhores alunos da escola e uma espécie de Cristiano Ronaldo do quidditch*. Queria dar-te uma palavrinha. Juro. Mas passou-me.

Depois, Harry, mesmo que Malfoy não tenha lançado algum feitiço sobre mim, como eu suspeito, só pode ser, isto de estares uns anos desfazado dos muggles* e não teres já 25 anos, como deveria acontecer com alguém que nasceu a 31 de Agosto de 1980, complica muito as coisas.

Desculpa lá rapaz. Já me conheces, sabes que não foi por mal. No próximo ano não me esqueço. Prometo.

Onde é que vais passar o Natal? Espero que não tenhas que ficar com os teus tios tarados. Se quiseres aparece, já sabes. Tenho bacalhau e sempre se arranjam uns petiscos para a Hedwig.


Manuel

PS. E a Hermione? Nada?


posted by: 1 dos 2 / 13:32
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2005



Gourmet
 
Hoje desci para almoçar, coisa que ultimamente tenho vindo a fazer com maior frequência porque as horas de trabalho aumentam e a fome é directamente proporcional ao primeiro, porque na tentativa de combater o aumento de horas sedentárias me levanto mais cedo e vou ao ginásio, porque estou farto de sanduíches, por pura e simples preguiça.

Já conheço a oferta dos restaurantes da zona de cor e, coisa estranha, são cada vez menos. Fecham, uns a seguir aos outros. E como em qualquer ecosistema a pressão sobre os recursos alimentares aumenta. Sempre que vou a um restaurante lembro-me de quando era miúdo e ia com os meus pais almoçar fora. Demorava horas a escolher e no fim era sempre o mesmo: bife com batatas fritas. A diferença é que aqui nem o bife é bife nem as batatas fritas são batatas fritas. A semelhança é que mesmo sabendo o que o restaurante não tem eu acabo sempre por procurar algo de novo na lista. Sou um optimista por natureza.

Adiante. Estava eu entretidissimo a comer a minha pasta e a ler o jormal quando eis que entre os penne, o tomate seco e as lascas de queijo feta (que me faz lembrar Chipre) encontro um pedaço de papel de cozinha. Chamo a empregada (que ou me engano muito ou está grávida e já era altura de deixar de andar com a barriga assim à mostra) e aponto para o prato. Faz uma cara de pré-desmaio, saca-me o prato da frente, volta para trás ainda com o prato na mão e desfaz-se em desculpas, retorna à cozinha e volta dez minutos depois com outro prato, igual ao primeiro mas mais cheio, à laia de compensação, e sem pedaços de papel. E agora? Como, não como? Até estava bom. Seria do papel? Comi, claro que comi pois se estava com fome. E a mocita foi tão simpática. E continuou a ser simpática até ao fim da refeição, tão simpática que quando me trouxe a conta eu quase nem dava conta que me debitaram dois pratos de pasta.

E agora? onde é que eu almoço amanhã?


Manuel


posted by: 1 dos 2 / 18:12
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Triste, tristinho
 
Eu tava triste tristinho
mais sem graça que a top model magrela
na passarela
eu tava só sozinho
mais solitário que um paulistano
que um canastrão na hora que cai o pano
(que um vilão de filme mexicano)
tava mais bobo que banda de rock
que um palhaço do circo vostok

mas ontem eu recebi um telegrama
era você de aracaju ou do alabama
dizendo nego sinta-se feliz
porque no mundo tem alguém que diz
que muito te ama que tanto te ama

por isso hoje eu acordei
com uma vontade danada
de mandar flores ao delegado
de bater na porta do vizinho
e desejar bom dia
de beijar o português da padaria

Zeca Baleiro


posted by: 1 dos 2 / 17:58
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Só, sozinho
 
Ultimamente, ando com uma sensação estranha (vá-se lá saber porquê) de que ninguém me lê.

Coisas.

Manuel


posted by: 1 dos 2 / 13:45
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terça-feira, 13 de dezembro de 2005



Cilindrada
 
Continuo sem saber quem é que precisa de mim e porquê? Mas também não vou preocupar-me mais com isso. Quem quiser sabe onde me encontrar.

Hoje, à ida para casa, o carro já sabe o caminho sozinho, senti uma pancada na porta do carro, com força, por momentos pensei, porra já me bateram. Ainda não estou recuperado do mistério, realmente gostava de saber quem (e porquê!) é que se terá dado ao trabalho de fazer um buraco rectangular, quase perfeito, do tamanho aí de uma régua de escola, no pára-choques do meu Polo. Pára-choques de plástico, note-se. Foi preciso cortar. Bem, voltemos à pancada na porta.

Recuperado do susto olhei para o lado precisamente no momento em que veio a segunda pancada, ainda mais forte do que a primeira. Não sei o que me assustou mais, se o barulho, se a figura do motociclista louco que me fazia sinais frenéticos para que baixasse o vidro. A terceira pancada deve ter coincidido com a primeira buzinadela, o vermelho passou a verde sem eu dar conta. Com a aflição o carro foi-se abaixo. Atrapalhado e confuso lá dei de novo à ignição e deixei que o carro avançasse até ao semáforo seguinte. Onde o dito motociclista voltou a parar do meu lado e a bater, desta vez no vidro. Lá carreguei na porcaria do botão e o vidro desceu, obediente, vamos lá a ver o que é que o tipo quer. Ainda bem que o fiz. A coisa era mesmo importante.

Oiça lá, isto é 1600 ou 1400?


Manuel


posted by: 1 dos 2 / 17:12
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domingo, 11 de dezembro de 2005



Precisa-se
 
Enquanto prosseguem as reparações, dou-me conta, sem fazer grandes esforços, que Portugal precisa de mim.

É bom saber que alguém precisa de nós.

Será pela ditada redução metabólica a que me vejo forçado, será porventura porque mesmo a cem por cento não alcançaria...

Quem exactamente é que precisa de mim?


Manuel


posted by: 1 dos 2 / 10:36
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sexta-feira, 9 de dezembro de 2005



Sem título
 
Não me ocorre nada. Não é apenas o título que não salta de um qualquer lugar recôndito do subconsciente. É tudo. Ou melhor, não é nada. Deve ser esta a definição de vazio. Zero. Nada. Quero escrever, sinto um formigueiro nas pontas dos dedos, as teclas estão preparadas para o impacto, os dedos aguardam ordem para avançar mas nada sucede. Problemas de transmissão, segreda-me o subconsciente.

Vai mas é dormir e amanhã tens tudo o queres dizer arrumadinho, é só descarregar. Agora estamos aqui com um problema de software. Enquanto dormes a coisa resolve-se. Assim é que não dá, estamos com imenso ruído de fundo e não conseguimos dar com a origem da avaria. Sem reduzires o metabolismo nada feito.

Faz-nos um enorme favor e vai para a cama. E nada de sonhos complicados.

Bom, até amanhã então.

Vá, vá lá que isto vai demorar.


Subconsciente


posted by: 1 dos 2 / 21:22
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2005



A maior mentira do mundo
 





Em determinado momento da nossa existência, perdemos o controlo das nossas vidas, e ela passa a ser governada pelo destino. Esta é a maior mentira do mundo.

In O Alquimista, Paulo Coelho


posted by: 1 dos 2 / 21:48
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