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'Tou que nem posso


... graças e desgraças


terça-feira, 30 de dezembro de 2003



O peso dos anos
 
O ano que amanhã termina foi pesado para muitos.

Na minha escala de peso, obviamente relativa, também o foi para mim.

Apesar de serem todos feitos da mesma matéria prima, meses, sempre os mesmos doze, semanas, não são nem mais nem menos que cinquenta e duas, dias, só um faz a diferença e só se dá conta disso de quatro em quatro anos.

Há horas felizes, costumam apregoar os cauteleiros. Havê-las-á concerteza e não apenas para aqueles que descobrem que o bilhete que compraram foi o premiado. E há, todos nós os temos, momentos maus. Momentos que tornam um dia num dia mau, dia que pode tornar uma semana, um mês, um ano em maus.

E pesados.

Desejo a todos unidades de tempo felizes em 2004.


Manuel


posted by: 1 dos 2 / 07:56
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sábado, 27 de dezembro de 2003



Uma forma de adeus
 
Não é novidade para quem me conhece, o efeito que a época natalícia provoca em mim. Eu, que adoro prosa, neste Natal deu-me para a poesia. Como diria o outro: Olha! Podia dar-lhe para pior!!

E dedico-o a todas as Marias e Manueis.


Ela julgou que era um momento,
acreditou que tudo acabaria como começou,
sem promessas, entre silêncios.
Um dia adivinhou a dor,
E antes que a dor a encontrasse
Foi ao encontro da dor.
Quis despedir-se mas apenas pediu que ele partisse.
Ela pediu um adeus, ele respondeu com um até breve.
E o breve passou a logo, e logo ele voltou.
Não lhe fechou a porta,
não o procurou,
mas deixou que ele a encontrasse.
Continuou sem entender, voltou a doer.
E com dor, mais forte do que na primeira vez,
despediu-se e pediu-lhe não voltes.
E ele disse até um dia, e o dia foi logo o seguinte.
Não o recebeu de volta, aceitou que ele a tomasse sem volta.
Deixou de doer. Para quê?
Se um dia
tudo acabaria como começou.
E um dia voltou a sentir dor,
e gritou um ai de dor
e gritou tão alto
que ele nunca mais voltou.


Maria


posted by: 1 dos 2 / 01:59
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sexta-feira, 26 de dezembro de 2003



A barreira dos 500
 
Se fosse na televisão fazia-se uma emissão especial, no mínimo 4 horas repletas de alunos da Operação Triunfo, os que ainda lá estão, os que já sairam, coitados, os que ganharam a primeira edição e os que já decidiram inscrever-se para a terceira.

Connosco é mais simples. Mesmo sem a Catarina Furtado, prometemos continuar.


Manuel



posted by: 1 dos 2 / 12:09
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Ouro sobre azul
 
Se todos gostassem do amarelo que seria do...

Complete-se com a côr preferida, trate-se de pigmento, gostos, dos que não se discutem, tendências, das que também não, polí­tica, futebol, enfim seja o que for que possa ser colorido.

Haverá quem diga que a forma deve sempre ocupar um lugar subalterno face ao conteúdo, que as hierarquias nesta matéria devem ser claramente definidas, e quem o defende não deixará de ter alguma razão.

Nós aqui pelo menos esforçamo-nos. É por isso que de vez em quando podemos também dar alguma atenção à forma.

E o branco sobre cinza ficou assim uma espécie de...

Ouro sobre azul.


Manuel


posted by: 1 dos 2 / 11:22
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quinta-feira, 25 de dezembro de 2003



Preparativos para o novo ano
 
O Manuel reclamou, a Maria prontamente acorreu.

- E agora Manuel, o contraste já vai melhor? O branco sobre cinza é melhor para os teus doces olhos?

Estás à vontade; se for preciso "ajeita-se à feição". Sim, que aqui as massas não puxam e não vai ao sítio assim com essa facilidade.

Maria


posted by: 1 dos 2 / 02:05
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quarta-feira, 24 de dezembro de 2003



O impostor
 
Maria.

Parece que foste - tens sido sempre - vítima dum impostor.

O Pai Natal ligou-me agora. Anda atarefado com a distribuição e pelo que pude entender as renas continuam a falhar. Jurou a pés juntos (a expressão é dele!) que não tem sido o Pai Natal o responsável pela repetição do teu presente. E que não foi o Pai Natal que disse tal coisa.

Deixou-me, no entanto, uma mensagem:

«Diga lá à sua amiga que se quer que o Pai Natal lhe dê alguma coisa tem que pedir».

Aqui fica. E já agora...

Feliz Natal para ti Maria.

Manuel


posted by: 1 dos 2 / 16:32
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O Pai Natal e eu
 
Andamos de candeias às avessas, já há alguns anos.
Mas traz-me sempre qualquer coisa, este Pai Natal.

Este ano não foi excepção.

Ele lá deve achar que eu mereço e como tal, dá-me sempre o mesmo presente. Não acredito que seja por distracção, acho que é por embirração mesmo.

Este ano não foi excepção.

Mas desta vez embrulhou-o num papel diferente; e eu acreditei, acreditei que por uma vez iria receber alguma coisa da lista que diligentemente elaboro todos os anos.

Mas este ano… não foi excepção. Só me apercebi quando desembrulhei e vi o mesmo de sempre!

E perante o meu desapontamento, a lágrima mal contida com sabor a sal na garganta, ainda o ouvi dizer ao longe:

“É incrível! Com esta idade e ainda acredita no Pai Natal!!!”

Maria


posted by: 1 dos 2 / 11:48
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segunda-feira, 22 de dezembro de 2003



Entrevista com o Pai Natal (ii)
 
Na primeira parte da entrevista, o Pai Natal ficara a meio da sua resposta à minha pergunta sobre pedidos que considerava verdadeiramente únicos.

P.N. - … curiosamente, tem sido do seu país que têm surgido alguns dos pedidos mais extraordinários e mais difíceis de satisfazer.

M. - Por exemplo?

P.N. - Tem havido de tudo. Temos lá um pedido de submarinos e de carros blindados, lembro-me também de outro, fartei-me de rir, de combóios de alta velocidade, há ainda um outro, muito recente, seria para o próximo ano, de um guarda-redes que me pediu muito para ser seleccionado. Só se esqueceu de nos dizer para quê.

M. E qual foi a sua decisão em relação a esses pedidos?

P.N. O Pai Natal não decide sozinho, pelo menos quando se trata de pedidos destes. As solicitações normais, sobretudo as das crianças, são atendidas de forma quase automática. Quase todos recebem o que pedem, enfim, na medida das possibilidades. Felizmente, há imensas coisas que nós, agora, despachamos via internet. Agora, coisas como as que referi têm de ir a Conselho Natalício.

M. Mas o senhor é que tem a decisão final, ou não?

P.N. Não. Deixe-me explicar. O Pai Natal não é só um, como já deve ter percebido. Nós somos assim uma espécie de organização multi-lateral com um sistema de presidência (com o indicador e o médio de ambas as mãos o Pai Natal abriu e fechou aspas), rotativa mais ou menos como aquele que vocês têm na União Europeia. A diferença é que, no nosso caso, o mandato do Pai Natal tem a duração de um ano, terminando no dia 6 de Janeiro…

M. Porquê a 6 e não a 1?

P.N. Por causa dos espanhóis… Mas ainda sobre o processo de tomada de decisões, é simples. Todos os anos se realiza um reunião do Conselho Natalício e é lá que se tomam as decisões verdadeiramente importantes. Por maioria. Por vezes há necessidade de reuniões extraordinárias do Conselho. Este ano, por exemplo, já tivémos duas: uma por causa da Guerra no Iraque, outra por causa da Taça América.

M. Bem podia ter-nos dado uma ajudinha…

P.N. Em qual delas?

M. Na Taça América. Aquilo foi uma decisão política e lá por o Rei de Espanha ser um amante da vela…

P.N. É, aliás eu também sou, mas como compreende não podemos ser sempre a favor do seu país. Faz lá ideia do que foi arranjar-vos o Euro 2004? E este ano vocês pediram - e tiveram - a Cimeira dos Açores. Os espanhóis ficaram com a taça… Bom, parou de chover, as minhas renas já descansaram o suficiente, é melhor ir andando.

Tal como há uns anos, quando se ia ao aeroporto despedir de alguém e se esperava até o avião descolar, fiquei por ali até o Pai Natal partir. Quando deixei de ver as luzes do trenó voltei para o carro. Só quando deitei a mão à porta percebi que o Pai Natal me tinha dado qualquer coisa.

Era um cartão de visita. A vermelho, sombreado a verde, tinha apenas duas palavras inscritas: Pai Natal. Por trás, à mão, as palavras “feliz Natal”.

E um número de telemóvel.

Manuel


posted by: 1 dos 2 / 13:13
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Sex and the city.
 
Uma cidade, quatro mulheres, outras tantas formas de encarar o sexo (e o amor).

A ideia, como todas as boas ideias, é simples.

Outra cidade, diferente, duas mulheres, diferentes, das outras quatro e uma da outra, diferentes, também nas formas de encarar as questões supra-citadas.

Contrariamente às outras quatro, estas duas não telefonam uma à outra, não almoçam nem jantam uma com a outra, nunca saem juntas.

Não se conhecem.

Ainda bem.

Manuel




posted by: 1 dos 2 / 09:04
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2003



Entrevista ao Pai Natal (i).
 
Partilho hoje convosco uma entrevista exclusiva dada pelo Pai Natal, feita, por mero acaso, por este vosso humilde colaborador. A noite passada, à ida, tarde, para casa, dei de caras com o Pai Natal, sentado à beira da estrada. Incrédulo, vi uma das renas deitada no asfalto molhado, exausta. Parei e perguntei se era precisa ajuda.

Conversámos um bocado. Sem assunto, afinal o que é que se pode dizer ao Pai Natal, perguntar se recebeu a nossa carta?, falei-lhe do nosso blogue. Da conversa, fica, devidamente autorizado, o registo.

Manuel - Pai Natal, a pergunta que mais me enche de curiosidade é a seguinte: por que será que milhões de pessoas não acreditam que o senhor existe?

Pai Natal - Bom, como sabe eu nunca dei nenhuma entrevista. No entanto, permita-me que lhe diga que sou um leitor assíduo do vosso blogue e que é com muito gosto que acabo por quebrar uma tradição, posso dizer, milenar. Gostaria, aliás, de aproveitar a oportunidade que me dá para desejar a todos quantos o visitam um feliz Natal. E muito obrigado pela oportunidade que me dá. À sua pergunta… Sabe, a incredulidade é, a meu ver, o pior dos defeitos da Humanidade.

M. Como é que funciona o Pai Natal?

P.N. Presumo que se refere à organização, bom, temos um staff apreciável que recebe os pedidos das crianças, e não só das crianças, e que encaminha para o Quartel-General, que, contrariamente ao que a maioria das pessoas julga, não fica na Lapónia.

M. E onde se situa então o Q.G.?

P.N. Tendo em conta a popularidade do vosso blogue não está à espera que lhe responda a essa pergunta…

M. E como é que o senhor consegue estar em tantos lugares ao mesmo tempo?

P.N. Respondo-lhe com uma pergunta. Tem absoluta certeza que Saddam Hussein é mesmo Saddam Hussein?

M. Então como é que eu posso ter a certeza que o senhor é mesmo o Pai Natal?

P.N. Pode.

M. De todos os pedidos que tem recebido, fale-me de um que considere verdadeiramente único.

P.N. Essa é difícil, sei lá, deixe cá ver, eles foram tantos… Olhe um dos que me tem dado imenso trabalho, sobretudo porque se repete de ano para ano, tem sido o de um grupo de crianças portuguesas, todas de um colégio cujo nome não consigo agora recordar e que a única coisa que me pedem é que faça com que as deixem em paz...

Fim da 1ª parte

Manuel


posted by: 1 dos 2 / 11:05
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segunda-feira, 15 de dezembro de 2003



O troco?
 
A esta pergunta, feita por um velhinho com ar de quem já passou dos noventa, respondeu o empregado da mercearia com outra enquanto atendia a cliente antes de mim: qual troco?

O meu troco, respondeu o velhinho, num tom irritado.

Mas o senhor ainda não me pagou, disse o empregado, com um ar divertido. Paguei sim, repetiu o velhinho, zangado, tirando uma nota do bolso da camisa e abanando-a no ar, eu dei-lhe uma nota de cinco, tinha duas quando saí de casa, agora só tenho aqui uma, vê?

Perante a indiferença do empregado, o velhinho bateu com a mão no balcão e gritou, quase apoplético: eu quero o meu troco, quero ir para casa, dê-me o meu troco!

O empregado levantou a cabeça, agora incrédulo. Perante a expressão de fúria do velhinho, o empregado levou as duas mãos à cabeça, esfregou com ambas a cara, dos olhos ao queixo e ficou assim durante algum tempo. Depois, levou a mão direita ao bolso das calças, tirou a carteira, abriu-a, pegou em várias moedas, deu-as ao velhinho e disse, aqui tem o seu troco, tenha um bom fim de semana.

Sem dizer nada o velhinho saiu da loja, certamente convencido que tinha dado uma nota de cinco ao empregado da loja.

Ainda há gente boa, pensei.

Sem fazer um único comentário, o empregado acabou de atender a senhora que estava antes de mim, e que antes de sair lhe disse que acabara de ter um gesto de caridade. Depois, também sem uma palavra, fez as contas às minhas compras, perguntou-me se era tudo e disse-me qual a contrapartida que lhe cabia.

Olhei para ele e com ar sério disse: e o meu troco?


Manuel


posted by: 1 dos 2 / 10:19
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domingo, 14 de dezembro de 2003



Duas vezes somos meninas
 
Ontem fui à baixa.

Não fui a outra cidade nem a outra terra de província. Fui à baixa da minha cidade.

Trataram-me por “menina”, desde o segurança do parque de estacionamento, passando por anónimos com que me cruzei, até aos balconistas que me atenderam nas várias lojas por onde passei.

Voltei a experimentar o “piropo” de rua que julguei já não existir:

“Olha aí! Deixa passar a menina, não vês que vai carregada?! Passe, menina, passe! Tenha um bom fim de semana.
Bendita a mãe que deu uma filha assim!”


Não puderam ver o meu sorriso divertido. É que o escuro já escondia as rugas desta “menina”!

Maria


posted by: 1 dos 2 / 16:55
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2003



A Contabiliadade do Cansaço
 
Estou cansada.
Completei 500 meses de idade no passado dia 1.
É muito mês!!
Não quero – nem sei- transformar isso em semanas, horas ou minutos. Se já um número com tanto dígito me incomoda, imaginem o efeito que esses cálculos produziriam em mim!

Estou cansada.
Estou sobretudo cansada de tomar decisões, cansada de questionar as que fui tomando ao longo de pelo menos metade deste número.
250 meses deve ser o cálculo aproximado de tempo decorrido desde o momento em que fui considerada adulta e responsável pelas minhas próprias opções.
Qual terá sido o número aproximado das que tomei ou que me vi obrigada a tomar desde aí?
Duas por dia?
Três?
Mais?
Menos?

Bom, considerando que nem todos os dias terão sido assim, outros houve com certeza , em que muitas mais tiveram lugar; o que me leva a acreditar que três/dia será uma média credível.

Reduzindo isto a a fórmula simples, temos que:

250meses x30,416666666667 dias = 7.604,166666666668 dias

Contando ainda que em 250 meses acontecem 5 fevereiros com 29 dias, acrescente-se assim

+ 5 dias

= 7.609,166666666668 dias

x
3decisões= 22.827,5 decisões


Vinte e duas mil, oitocentas e vinte sete decisões e meia?!!
(não consigo lembrar-me agora de repente, qual delas ficou a meio)

Agora percebo porque me sinto tão cansada!


Maria



posted by: 1 dos 2 / 19:20
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2003



A derrocada
 
A notícia teve honras de abertura do telejornal. Um deles. Houve uma derrocada algures no Norte do país. Uma parede ruiu ao cair da noite. Se tal tivesse sucedido umas horas antes, poderia ter causado vítimas numa creche situada quase ao lado. Se houvesse pessoas por perto poderia tê-las soterrado. Se tivesse rasgado a conduta do gás poderia ter causado uma explosão. Se tivesse caído para a rua poderia ter atingido um autocarro, se passasse um àquela hora.

O repórter entrou em directo assim que foi possível. Primeiro sem som mas a questão foi solucionada a tempo de se ouvir a senhora idosa que morava no prédio ao lado contar que tinha sido a terra a tremer mas assim de fora p’ra dentro, um grande susto, valha-me Deus. A senhora idosa contou que tinha alertado o engenheiro da Câmara, como o sr. engº disse que bastaria escorar a parede e como ela disse ao sr. engº, ó sr. engº olhe qu’eu acho que isto não aguenta mas o sr. engº não ligou e disse que não havia motivos p’ra preocupações mas a senhora idosa preocupou-se e disse, ó sr. engº olhe qu’isso não aguenta, ainda há dias esteve aqui o Tóne qu’é trolha há muito ano e ele disse p’ra quem quis ouvir qu’esta parede está mais p’ra lá que p’ra cá…

Por detrás do repórter, em cima dos escombros, crianças põem-lhe cornos, alguém mete a cabeça e olha fixamente para a câmara seja qual fôr o ângulo de filmagem, ouve-se uma voz que grita que só em Portugal é que uma coisa destas acontece, outra manda Luís Filipe Scolari para a terra dele. Uma mulher magra e com ar transtornado diz que o que é preciso são dois Salazares, um só não chega.

Imperturbável, o repórter volta a contar a história toda, deixa no ar a sensação de estarmos no dia 11 de Setembro, passa a emissão para o estúdio, onde, para que não restem dúvidas, o pivô resume os acontecimentos, conversa ao telefone com o Presidente da Câmara, ausente no estrangeiro, com um perito da Faculdade de Engenharia do Porto e com outro do Instituto Nacional Engenharia Civil, este, a partir dos estúdios de Lisboa.

Quem não viu à hora do almoço, correu para casa à noite.

Se enquanto se livrava da nobreza, Sebastião José tivesse tv cabo, os Távoras teriam confessado tudo em muito menos tempo. E não teriam sido os únicos.


Manuel



posted by: 1 dos 2 / 14:48
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2003



Fraquinha mas recuperada
 
Estejam descansados que de mim não se vêm livres assim… Olha! Versejei.

Passado o momento de choque, devo confessar que hesitei. Ver a minha antónima anunciar que vai mudar de vida, não me incomodou – quem me dera também! – mas a palavra “Adeus” tem sempre o condão de me destabilizar. É que mais uma vez, eu sou a que fica, e só alguns próximos – como o Manuel – sabem o quanto isso me doí.

Mas o Manuel tem toda a razão. Continuemos enquanto acharmos que temos coisas a dizer. E nem é preciso mudar muita coisa. O blog foi de facto criado pelo Manuel e por duas Marias, continuo a suspirar e a exclamar que “tou que nem posso” e a achar que a frase eleita do ano é mesmo “Não há cú que aguente”!

Quanto ao lugar deixado vago… eu por mim proponho que quem estiver interessado que se candidate. Sempre ficamos a saber se há mesmo alguém que nos visita…

Maria – (deixo cair o apelido)


posted by: 1 dos 2 / 15:22
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Procuram-se (ii)
 
Podem parar. Já foram localizadas.

Uma quase teve de ser internada devido a uma exposição excessiva ao efeito de trolha, uma das consequências menos conhecidas do(s) buraco(s) no ozono. Um dia destes pode ser que a questão seja aqui debatida em pormenor. Entretanto, tranquilizem-se, pelo que pude avaliar, a Maria está fraquinha mas recuperada.

A outra Maria deu sinal de vida e anunciou mudanças. De vida. Por mim - não quero agora estar a falar pela Maria restante, apesar de ainda estar um pouco débil por causa do silicone, o do trolha, entenda-se -, desejo-lhe felicidades. Todas as mudanças são bem-vindas quando são nossas.

E nós Maria! Continuamos, não continuamos?

E o lugar deixado vago? Seleccionamos candidatas?

Cá por mim, "para o blog e em força".


Manuel


posted by: 1 dos 2 / 10:54
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2003



“Chegou a hora do adeus..”
 

“Les bons amis du temps passé vivront dans notre cœur..


Assim começam as duas versões do mesmo hino do adeus.
Chegou a hora de lhes dizer um até sempre e me retirar de cena. Fica a Maria e o Manel, e tenho a certeza que o blog ficará em muitos boa mãos.

Eu, vou mudar de vida.

Sinceramente, a vossa Maria


posted by: 1 dos 2 / 09:19
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2003



A corrente
 
Da minha lista de insuportáveis:

As cartas que circulam na internet, aquelas cuja corrente não pode ser quebrada sob pena de ao responsável cairem os dentes em menos de seis meses, ficar depenado ou nunca mais se lhe deparar uma oportunidade de dar uma boa queca.

Sempre que suspeito que me caiu uma na rede, sou tomado pelo meu lado ecológico e lá vai ela direitinha para a reciclagem, daquelas sem recuperação possível.

Não li, não interrompi.

Os dentes e os bens ainda vá, agora o resto é que me faz muita impressão.

Manuel


posted by: 1 dos 2 / 16:24
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2003



Monólogo do Trolha
 
Ora benhe… tenho que botar esta merda no sítio antes que o patrão chegue e se ponha pr’aí a mandar bir comigo. **dasse, c**lho.

Esta merda devia ser ao cuntrário mas isso bai ser f**ido. A gaija num está a ber, boto assim e depois que se f**.

Bintoito? Puarra pr’à merda, bou botar 30 que é mais fácil. Portanto, 30 fortes… fo*se que m’inganei; eram 30 fracos! Oh! Caguei, agora fica assim e depois o Tone bota massa e ninguém bê.

Não pesquei nada do ca gaija disse, que num sei quê tem qu’alinhar cum o c*lho. Puarra, que tou é cá cum secom do carago.

Qu’esta merda? F*sse! Agora é qu’esta me f**deu. Num cabe? Atão num é c’a filha da p* num era daqui? F*se pr’ó c**lho, o filha da p* do gaijo das pedras num mandou isto certo. Oh! Caguei! Fica assim e depois logo se bê. A gaija nem bai ber. O Tone dá um jeito depois.

Oh carago! Já *odi a merda do tubo! Caguei! Bota-se slicone e debe dar.

Num tenho material que chegue. Faz mal. Aqui em cima num se bê e támem ninguém caga de pé, carago!

O quê? É quase 1/2 hora… bou masé ao tacho. Quero que se f*da.


Maria – *f..* Simplesmente


posted by: 1 dos 2 / 01:02
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