Andamos de candeias às avessas, já há alguns anos.
Mas traz-me sempre qualquer coisa, este Pai Natal.
Este ano não foi excepção.
Ele lá deve achar que eu mereço e como tal, dá-me sempre o mesmo presente. Não acredito que seja por distracção, acho que é por embirração mesmo.
Este ano não foi excepção.
Mas desta vez embrulhou-o num papel diferente; e eu acreditei, acreditei que por uma vez iria receber alguma coisa da lista que diligentemente elaboro todos os anos.
Mas este ano… não foi excepção. Só me apercebi quando desembrulhei e vi o mesmo de sempre!
E perante o meu desapontamento, a lágrima mal contida com sabor a sal na garganta, ainda o ouvi dizer ao longe:
“É incrível! Com esta idade e ainda acredita no Pai Natal!!!”