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'Tou que nem posso


... graças e desgraças


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006



Sete
 
Café. Simples, sem leite, com leite, expresso, bica, cimbalino, cappuccino, macchiato, meia de leite, galão, viennois, borgia, turco (grego?), tudo menos instantâneo ou "lamacento", que é assim uma espécie de café turco (grego?), do tipo instantâneo sem no entanto o ser, que por muito que se espere para se beber (já frio) ficarão sempre pequenos grãos de café na boca.

Abro o congelador que, dizem, é onde se deve conservar o café e, a propósito de leis de Murphy, fico com a tampa da lata na mão e o café espalhado por tudo quando é lado. Se ao menos tivesse um animal qualquer (um gato!) que gostasse de café. Um montinho de dimensão considerável não cai no chão, fica mesmo à beira da porta do congelador, alguns grãos vão escorregando e caindo lentamente, enfiando-se entre a borracha e a porta. Se a abro isto cai tudo. Pergunto a mim mesmo se devo irritar-me com a sujeira que acabo de fazer e fico sem resposta.

Hum, um prato, pego no que está mais à mão e com jeitinho tento recolher o pó de café que ameaça precipitar-se para o abismo a qualquer momento. Boa, consegui, agora é só aspirar o chão. Deito com jeitinho o café no lixo e coloco o prato em cima da mesa da cozinha.

Olho bem para o prato.

Now I'm a believer.


posted by: 1 dos 2 / 19:28
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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006



Gato pelado
 
Um gesto que se faz todos os dias, várias vezes por dia. Meter a chave na ignição e dar meia volta. Há quem viva com medo de o fazer, há quem pague a outros para o fazer e só depois é que entra no carro. Nunca tive e espero nunca vir a ter problemas desses.

Ontem, ao dar a tal meia volta ouvi um ruído estranho, diferente do habitual, nada que ver com um motor de arranque a forçar pistões. A combinação de sons mecânicos dignos de um filme de George Lucas fez-me rodar a chave no sentido inverso, hesitar, saír do carro e procurar a razão, como se o mais natural fosse ver Dart Wader por ali. Nova tentativa, nada de barulho, o motor pega à primeira, a luz da bateria acende-se e mantém-se acesa, a lâmpada que indica a necessidade de ir até à oficina acende-se também. Começo a pensar que chegou novamente o Natal e espero. Do mal o menos. Duas luzinhas acesas. Leva-me à oficina, please.

Desisto da viagem, volto para casa disposto a tratar do meu fiel companheiro sobre rodas com a maior rapidez. Levo-o à oficina, espero que um assistente me atenda, que é feito dos mecânicos, a correia de transmissão está fora do lugar, é melhor verificar porque é que saltou, pode ter sido um gato. Um gato? Um gato! A minha expressão fez o mec... assistente dar-me um encontrão e sorrir «não se preocupe, não aconteceu nada ao gato senão isto estaria cheio de sangue por todos os lados». Encorajador, «não, o bicho ficou só pelado» e tirou uma mão cheia de pelo cinzento do alternador.

Se apanho o felino, então é que o bicho vai ver o que é ficar sem pelo.


posted by: 1 dos 2 / 19:35
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domingo, 12 de fevereiro de 2006



Iluminados
 
A todos os iluminados
(sem nunca esquecer os pretensamente muito cultos
e intelectuais).



posted by: 1 dos 2 / 21:56
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006



Declaração
 
Sobre a crise das opiniões.

'Tou que nem posso lamenta e discorda da publicação de opiniões, seja onde for e sob que forma for, que ofendam as crenças ou a sensibilidade dos Criteriosos.

A liberdade de expressão, como aliás todas as liberdades, tem como principal limite o dever de respeitar as liberdades e direitos dos outros. Entre essas outras liberdades e direitos a respeitar está, manifestamente, a liberdade de Opinião – que compreende o direito de ter ou não ter Opinião e, tendo Opinião, o direito de ver respeitados os símbolos fundamentais das Opiniões que se professam.

Para os Criteriosos esses símbolos são todas as figuras do Critério.*

Todos os que professam essas e outras Opiniões têm direito a que os respectivos símbolos e figuras sejam respeitados. A liberdade sem limites não é liberdade, mas outra coisa completamente diferente para a qual não ocorre ao 'Tou que Nem Posso uma palavra suficientemente acintosa.

O que se passa recentemente nesta matéria em alguns blogues europeus é lamentável porque incita a uma inaceitável “guerra de Opiniões" – ainda por cima sabendo-se que três dos principais critérios bloguistas (Criterioso, Muito Criterioso e Ainda Mais Criterioso) descendem todos de um Princípio comum.

'Tou que Nem Posso

[*Não vê o 'Tou que nem Posso necessidade de fazer referência específica às diferentes Opiniões pois todos sabem que respeitamos e sempre respeitámos todos os que opinam, independentemente da Opinião que professam].


posted by: 1 dos 2 / 17:10
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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006



O optimismo das focas
 
Um cetáceo engana-se e vai, rio adentro. Podia ter sido em Lisboa, talvez no estuário do Tejo conseguisse dar a volta a tempo. Mas não, Shakespeare ou o cheiro de fish & chips levou-o a Londres. Só dá conta do engano quando os olhos começam a lacrimejar e a garganta reage, shit, que água estranha. À semelhança do que muita gente crê ser o destino dos elefantes também as baleias são supostas ir morrer longe, lá para a Antártida, o continente que os pinguins do zoo de Central Park consideram uma porcaria. Defensores desta teoria argumentam que os suicídios de baleias em praias espalhadas por esse planeta fora se devem a falhas nos sistemas de navegação, causadas por inúmeros factores que vão da poluição às anomalias do campo magnético terrestre. Se assim for há boas notícias, cetáceos de todos os oceanos prestem atenção: os EUA vão anular a dependência do petróleo do Médio-Oriente. Até 2025?.

Aos ursos polares, que de ano para ano se deparam com menos gelo e com menos focas não escapou o facto de o presidente norte-americano, foi o próprio que fez o dramático anúncio, não mandou ninguém, não se ter referido ao petróleo em geral mas sim ao petróleo do Médio Oriente. Pormenor importante para os ursos que ou vêm ou sentem os efeitos das densas colunas de fumos e de vapores que se elevam para a atmosfera desde que as astronómicas reservas de petróleo do Canadá se tornaram rentáveis e começaram a poder ir satisfazendo o apetite devorador dos vizinhos de baixo.

Ou é de mim ou entre as focas reina algum optimismo.


posted by: 1 dos 2 / 16:57
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