Um cetáceo engana-se e vai, rio adentro. Podia ter sido em Lisboa, talvez no estuário do Tejo conseguisse dar a volta a tempo. Mas não, Shakespeare ou o cheiro de fish & chips levou-o a Londres. Só dá conta do engano quando os olhos começam a lacrimejar e a garganta reage, shit, que água estranha. À semelhança do que muita gente crê ser o destino dos elefantes também as baleias são supostas ir morrer longe, lá para a Antártida, o continente que os pinguins do zoo de Central Park consideram uma porcaria. Defensores desta teoria argumentam que os suicídios de baleias em praias espalhadas por esse planeta fora se devem a falhas nos sistemas de navegação, causadas por inúmeros factores que vão da poluição às anomalias do campo magnético terrestre. Se assim for há boas notícias, cetáceos de todos os oceanos prestem atenção: os EUA vão anular a dependência do petróleo do Médio-Oriente. Até 2025?.
Aos ursos polares, que de ano para ano se deparam com menos gelo e com menos focas não escapou o facto de o presidente norte-americano, foi o próprio que fez o dramático anúncio, não mandou ninguém, não se ter referido ao petróleo em geral mas sim ao petróleo do Médio Oriente. Pormenor importante para os ursos que ou vêm ou sentem os efeitos das densas colunas de fumos e de vapores que se elevam para a atmosfera desde que as astronómicas reservas de petróleo do Canadá se tornaram rentáveis e começaram a poder ir satisfazendo o apetite devorador dos vizinhos de baixo.
Ou é de mim ou entre as focas reina algum optimismo.