Tudo na vida tem um preço. Algures na minha vida ensinaram-me isso.
Não valorizei.
Aceitei como dado adquirido da mesma forma que tantas outras aceitei sem questionar. Aceitei que temos que munir-nos de instrumentos que nos permitem, a partir do momento em que temos que nos afirmar como independentes, exercê-lo.
O que ninguém me disse aprendi à minha custa. Não me disseram que o preço para assumir essa independência poderia hipotecar outros conceitos que igualmente me transmitiram como fundamentais. Aprendi à minha custa que alguns deles são incompatíveis.
Ou então, entendi tudo ao contrário!
Mais grave… continuo sem entender.
Porque eu, aluna aplicada, acreditei que tinha que construir a minha vida baseada nesses valores – os tais inquestionáveis porque verdadeiros -. E sempre me esforcei para cumprir aquilo que achei que esperavam de mim. Quantas vezes, com esforço, a custo, mas… lembrando-me sempre da frase repetida desde os verdes anos: “dos fracos não reza a história”...
Até que um dia percebi o que não me avisaram: não podemos acreditar em tudo que nos ensinam.