Que me perdoem os jornalistas sérios, os que se dedicam à sua profissão e a exercem com ética e com respeito pela dignidade dos outros. Quanto aos restantes, e parece que não são assim tão poucos, mete nojo a forma como a notícia da morte do jogador do Benfica Miklos Feher está a servir para alimentar (maus) instintos jornalísticos. Alguém se sentiu mal, caiu na relva e morreu. Não se trata de saber se o cartão amarelo foi bem atribuído, se houve mão à bola ou bola na mão, se o árbitro não gostou de algo que ouviu, se a bola terá, ou não, saído do relvado. À distância que os jogadores estavam das balizas, não foi certamente um penalti roubado. A quem é que serve, para que é que serve, então, a repetição exaustiva, em câmara lenta, das imagens captadas em directo pela televisão?