A história repete-se e de vez em quando a vida lembra-nos que fomos educados para enfrentar desafios, não para fugir deles.
À medida que os anos passam, acontece que às vezes eles tardam. E quando julgamos que perdemos o hábito, que os dias e os anos se vão sucedendo sem surpresas ou sobressaltos, fruto apenas do que vamos fazendo ou experimentando, eis que o acaso nos lança um desafio. Abanamos, achamos que “já não é para mim”, reagimos pela negação, achamos que já não temos mais energias e espaço mental para nos reestruturarmos numa nova realidade, que o que nos propõem pode inclusive ser um retrocesso nas coisas que entretanto conquistámos.
Mesmo que o entusiasmo não esteja lá, resta-nos o amor próprio, as regras da nossa formação, que os “desafiadores” têm sempre o direito a resposta. E mesmo que não haja muita certeza interior, acabamos por agir como esperam de nós: cabeça levantada, olhar determinado, atitude, confiança. E… por isso somos seleccionados!
Olhamos para as bancadas e reconhecemos, agradecidos, os adeptos que nos apoiam, que acreditam, mais do que nós, que somos capazes. Mais, que não os vamos decepcionar. E aí vamos buscar o que nos falta: a energia e a determinação, a postura e a concentração, a força que nos faz avançar com a certeza de conseguir um bom resultado neste campeonato.